Nunca imaginaria
que tal qual Maria
no mesmo foço cairia
Sem parar gira uma polia
Seca a água do poço?
pra onde foi o lodo?
desse medieval foço?
Falta o tempo
do furtivo aviso
onde transborda virtual
o tempo que não tenho
Das juras da colina
estacas secas se levantam
é duro o trigo com que plantam
esse rosal de flores amarelas
Não existe aqui a ciência
de adivinhar o que virá
há contudo resistência
na espera e chegará
o tempo ausente
de viver o presente
desobstruído e pairará
um suspiro de verdade
sexta-feira, 11 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
TRINTA E UM DE ABRIL
a ponte caiu
é primeiro de abril
a ditadura subiu
é primeiro de abril
apertem o passo
é trinta e um de março
uma queda de braço
num trinta e um de março
mentira que perdura
mês de abril que dura
ah e como é dura
essa dita
e como a ordem que dita
é dura
aquele primeiro de abril
em que descobriu um brasil
nunca terminou
ou melhor terminou
puxão que desfaz o laço
era trinta e um de março
quando o mundo acabou
e quando a gente acordou
quando o porão se abriu
muita gente dormia
muita gente nem viu
outras nunca veriam
era primeiro de abril!
é primeiro de abril
a ditadura subiu
é primeiro de abril
apertem o passo
é trinta e um de março
uma queda de braço
num trinta e um de março
mentira que perdura
mês de abril que dura
ah e como é dura
essa dita
e como a ordem que dita
é dura
aquele primeiro de abril
em que descobriu um brasil
nunca terminou
ou melhor terminou
puxão que desfaz o laço
era trinta e um de março
quando o mundo acabou
e quando a gente acordou
quando o porão se abriu
muita gente dormia
muita gente nem viu
outras nunca veriam
era primeiro de abril!
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