Mudo
não mudo
o mundo
Grito
no mato
no monte
não chego a me ouvir
a me entender
se responder
ao que não sei
perguntar
Atento
tento
o intento
no vento gelado de abril
lágrimas quentes
cavam o solo
a pauta
o ponto
de interrogação
final afinal?
Conquistado?
Quitado?
sua parcela vã
sua mora
sua demora
um ciclone sopra lá fora
mais bagunça faz
na alcova
vira de pernas para o ar
o ar me falta
e na falta
paira
mudo
o argumento
que canta o vento?
que encanto
que encontra
na conta
no conto?
no canto
planto
meu pobre sítio
cada semente
morre primeiro
nasce é depois.
terça-feira, 23 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
CALENDÁRIO-RELICÁRIO
E foi em janeiro
que te vi primeiro
já em fevereiro
deu-se o entreveiro
do que me disfarço
desfez-se em março
minha fina folha caiu
nem vi! era abril
te olhei de soslaio
na curva de maio
com uma flor em punho
triunfei em junho
no frio de julho
revirei o entulho
no vento de agosto
lancei meu desgosto
se bem me lembro
esqueci em setembro
é sempre outubro
quando te descubro
que não sendo membro
expulso em novembro
e termino tudo
sem rima em dezembro.
que te vi primeiro
já em fevereiro
deu-se o entreveiro
do que me disfarço
desfez-se em março
minha fina folha caiu
nem vi! era abril
te olhei de soslaio
na curva de maio
com uma flor em punho
triunfei em junho
no frio de julho
revirei o entulho
no vento de agosto
lancei meu desgosto
se bem me lembro
esqueci em setembro
é sempre outubro
quando te descubro
que não sendo membro
expulso em novembro
e termino tudo
sem rima em dezembro.
terça-feira, 9 de abril de 2013
VASTO RAIMUNDO
Ah que lindo casal
num rito
tão casual
de uma janela vejo
num clique
num lampejo
num xilique
no cardeno
meus versos lampejam
nas linhas sobejam
e eles só beijam
seus risos
seus flashs
ontem soltei um
dane-se
e danei-me
hoje
serei feliz
e amanhã
um lance de loteria
e mesmo o que queria
meus versos finos
um dia
em sua boca
minha boca
meu sobejo
adivinhas
o desejo?
da janela
o que vejo?
algo casual
caso algo
de uma janela
que me cega
num clique
num xilique
insisto
mais que desisto
e para o velho
meu velho
não velo
um só segundo
e como raimundo
vai minha rima
pobre
resolvendo o mundo.
num rito
tão casual
de uma janela vejo
num clique
num lampejo
num xilique
no cardeno
meus versos lampejam
nas linhas sobejam
e eles só beijam
seus risos
seus flashs
ontem soltei um
dane-se
e danei-me
hoje
serei feliz
e amanhã
um lance de loteria
e mesmo o que queria
meus versos finos
um dia
em sua boca
minha boca
meu sobejo
adivinhas
o desejo?
da janela
o que vejo?
algo casual
caso algo
de uma janela
que me cega
num clique
num xilique
insisto
mais que desisto
e para o velho
meu velho
não velo
um só segundo
e como raimundo
vai minha rima
pobre
resolvendo o mundo.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
PRIMEIRO DE ABRIL
é mentira!
primeiro de abril
e quem primeiro
abriu
a boca,
abriu os olhos
ao flácido argumento
o que toca
quem deu ouvidos
a tal potoca
quem disse a primeira?
quem ouviu a segunda?
quem a disse
numa segunda
quem a esqueceu
numa terça-feira
quem a sabia
dessa maneira
será a última?
tão verdadeira
que repetida
assim às vezes mil
fosse verdade
que num primeiro
não vinte e dois
de um mês de abril
enfim Cabral
inventasse o Brasil.
primeiro de abril
e quem primeiro
abriu
a boca,
abriu os olhos
ao flácido argumento
o que toca
quem deu ouvidos
a tal potoca
quem disse a primeira?
quem ouviu a segunda?
quem a disse
numa segunda
quem a esqueceu
numa terça-feira
quem a sabia
dessa maneira
será a última?
tão verdadeira
que repetida
assim às vezes mil
fosse verdade
que num primeiro
não vinte e dois
de um mês de abril
enfim Cabral
inventasse o Brasil.
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