terça-feira, 9 de abril de 2013

VASTO RAIMUNDO

Ah que lindo casal
num rito
tão casual

de uma janela vejo
num clique
num lampejo
num xilique

no cardeno
meus versos lampejam
nas linhas sobejam

e eles só beijam
seus risos
seus flashs

ontem soltei um
dane-se
e danei-me

hoje
serei feliz

e amanhã
um lance de loteria

e mesmo o que queria
meus versos finos
um dia

em sua boca
minha boca
meu sobejo

adivinhas
o desejo?

da janela
o que vejo?

algo casual
caso algo
de uma janela
que me cega
num clique
num xilique

insisto
mais que desisto

e para o velho
meu velho
não velo
um só segundo

e como raimundo
vai minha rima
pobre
resolvendo o mundo.

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