Espera
do que virá
do que vira
da virada
na próxima esquina
da próxima página
da próxima colheita
Um parto
antes é uma espera
no ir produzindo
o ser que vindo
eclode homem
Espera
do próximo beijo
seu próximo toque
seu amor
Espera
do próximo salário
pras contas
que esperam
no aparador
Espera
teu espreguiçar de manhã
teu hálito amargo
teu café adoçado
Espera
a náusea que anuncia
teu novo terremoto
pra bagunçar as estruturas
e refazer seus planos
rabiscados em agendas de anos passados
promessas que
esperam
perpétua jura
de cumprimento
Espera
esfera
no sempre giro
que tudo vira
de ponta-cabeça
o que bem pode
ser a melhor forma
de esperar
montanha russa
da vida girando
no ir consumando
sua sempre grande
vasta
enebriante
sala
de espera.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
FESTA DA CARNE
Da carne
o festival,
Carnaval
Sendo festa
carnal
e carne sendo
festival
a fantasia
com que fantasias
com que refugias
do seu sempre ser
de ser sempre
operário
professor
diário proletário
e então te emulas
guerreiro
pirata
general
breve arlequinal
harmonia efêmera
com que harmonizas
teu cotidiano
festival sem
frisas
arquibancadas
sem apoteose
o festival da carne
teu breve momento
que ainda que um lâmpiro
tua apuração
com ou sem nota dez
te sublimas
na breve festa carnal
no seu sempre permanente,
Carnaval.
o festival,
Carnaval
Sendo festa
carnal
e carne sendo
festival
a fantasia
com que fantasias
com que refugias
do seu sempre ser
de ser sempre
operário
professor
diário proletário
e então te emulas
guerreiro
pirata
general
breve arlequinal
harmonia efêmera
com que harmonizas
teu cotidiano
festival sem
frisas
arquibancadas
sem apoteose
o festival da carne
teu breve momento
que ainda que um lâmpiro
tua apuração
com ou sem nota dez
te sublimas
na breve festa carnal
no seu sempre permanente,
Carnaval.
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