Não venha depois queixar
a página virada
na valsa,
seu grande salão rutilante
animados
as taças vão e vem
no acre ácido
do etílico
as vezes doce
amarela numa estante fria
e já a traça começa a digeri-lo
do braço
ao laço
que te abarca
num rodopio
e o brilho
cintilante
do brocado
da amarradura encadernada
despencam páginas
como escamas
como lascas
e cada verso
é já um pretérito
o fulgor das luzes
seu bouquet esperado
um último aval
anunciado
um brinde
três mil salvas
e núpcias
no rodapé
letras miúdas
avisam amiúde
dos detalhes perdidos
do desconhecido
as vezes ignorado
revelação
num pé de página.
Não leia a orelha.
Um comentário:
Nada menos que interessante!
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