segunda-feira, 11 de março de 2013

PROFECIA

Por que confusa?
se me confessas
se te confesso
que o difuso uso do fuso
traz agora
como jamais outrora
o mesmo arfar
a mesma falta
de ar
como daquela hora
em que certeiro
embora
fosse a má hora
em que a augusta
posto que astuta
jamais viria.
Não vai ser dito
o que bonito
se configura;
sua mistura
fêmea formosura
é juro alto
extrema usura
que de pagar
e de sorver
tanto faz amar
tanto faz bater.
Foi numa noite de natal?
Tarde de carnaval?
Foi na cidade?
com que idade
visto da ponte
visto da ilha
olhar de filha?
rosto de mãe
minha mão de pai
que te segura
não é de pai
meu golpe incerto
é mais que certo
o disfarçado
e evidente
jogo inocente
e ocultado
no baú fundo
de nosso riso
que mais preciso?
para que saibas
como se sabendo
fosse brilhando
se convencendo
que o que queimo
acetileno
é mais que pleno
versos tão rasos
rostos tão rosas
minha cantiga
pra te ganhar
ou te perder
posto que faça
o de viver
o de doer
o de sorrir
o de amar
se conjugando
no conjugado
o que seremos.

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