terça-feira, 27 de agosto de 2013

SEMENTE DE FEIJÃO

você me chamou
numa noite fria
pra falar de poesia

e eu queria te falar
de sementes de feijão

fruto e semente
na mesma embalagem
tudo grão
tudo tão
mistério e
obviedade

a inutilidade de decifrar
a bola
e seu perfeito mistério
geometria

passeia num jardim
teu óbvio poético

sem entender a magia
de sementes de feijão
que mesmo pra nascer
primeiro morrem
e fazem de sua cova
berço: ressurreição

2 comentários:

Anônimo disse...

jão...

Daiane disse...

Que metáfora hein, meu jovem...hahahaha