em velhos tachos de antanho
e uma saudade sem tamanho
retine no que foi passado
umas cartas antigas
de um tempo sem verbo
as vozes mais amigas
de que me assoberbo
esvaziam o palácio
do seu reino modesto
calam-se as palavras
ecoa o gesto
e todo o resto
vazio em envelopes amarelos
eu não sabia
que canções tão frias
diversas de teu modo rude
fossem relíquia de lembrança
a reavivar minha andança
de um tempo que não vivo
mas que tão perto
ficando vai em tua ausência
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