Eu não preciso desse mar salgado
eu não navego!
Dessas dores destiladas ao largo
eu não carrego
mais que o meu fino esqueleto
suporta um prego
que apregoa sua voz insistente
dizendo nego!
Essa sombra que flutua num abismo
abismo cego!
Um caminhar em linha de trem;
eu não sossego
a cada estação parada
eu me encarrego
de fruir, sorver, sofrer
e escorrego
por entre onde antes
um talvez flutua um ego
mais forte que eu
ao qual me apego
e me deixo levar
mas não navego!
Um comentário:
Lindo!
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