quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CONTRA-MENSAGEM

Eu não preciso desse mar salgado
eu não navego!

Dessas dores destiladas ao largo
eu não carrego

mais que o meu fino esqueleto
suporta um prego

que apregoa sua voz insistente
dizendo nego!

Essa sombra que flutua num abismo
abismo cego!

Um caminhar em linha de trem;
eu não sossego

a cada estação parada
eu me encarrego

de fruir, sorver, sofrer
e escorrego

por entre onde antes
um talvez flutua um ego

mais forte que eu
ao qual me apego

e me deixo  levar
mas não navego!

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo!