Pobre pequena coroada
mergulhada num reino de vontades.
Dos deveres que abdicas
ou desconhece
gritos soam como prece
na madrugada que adormece
sonambulam súditos
e plebeus inauditos
entre passos e ditos
imprevistos
Pobre pequena coroada
reina um reino de contrastes
que dividida paira entre as hostes
que pranteiam e exultam a um aceno
de ponta obtusa a outra – escaleno
balança que pende e estende em descalibre
força pouca há que equilibre
seu balanço de quereres e deveres
Pobre pequena coroada
que semeia na adversidade
fruto escasso e fugidio
da árvore felicidade.
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