Por que então o meu desgaste?
Por que de tudo o seu desconto?
A cada canto meu desencanto
minha dor muda
na palma um tapa
à mão estendida
cada sorriso uma mordida
cada mordida o seu escárnio
Por que meu desencanto?
Por que desgosto?
A cada ordem um contraponto
perdido e um tanto tonto
num liderar por liderado
num amargar adocicado
num fadigar inútil e magro
vaga riqueza no resultado
Por que me calo?
Por que me deixo?
O vento leva e o mundo gira
chegada a vez o que farei
destilo ira?
tola vingança?
nem vale a pena
cristalizar nula lembrança
Fica-se o dito por não dito
guardada fica no alheio peito
tola vitória
eu que não fico, nem ficarei
contando ao vento
mixa vanglória.
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