segunda-feira, 13 de agosto de 2012

NUMA NOITE

Na noite em que você voltou
eu te tomei pela mão
ungido pelo mesmo fogo

na noite em que você voltou
não dissemos palavra
o mesmo ato corriqueiro

tão íntimo cotidiano
quietos, mudos
movidos pelo mesmo instinto

anterior a essência
do primeiro dia
da primeira hora imprevisível

Na noite em que você voltou
como se nunca tivesse ido
como se fosse ontém

como se fosse hoje
sem antes nem depois
de amanhã

eu já sabia
na noite em que você voltou
de onde nunca havia saído.

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