quarta-feira, 15 de agosto de 2012

IMPOSSÍVEL ACASO

Acaso já amou o impossível?
numa noite escura
já clamou pelo sol que não virá?
acaso já amou aquilo 
que ao alcance da mão
fugidio
ausente
feito gasoso
que de sonho
pura dissipação
sua matéria.
Acaso já amou o inefável
o não realizável
o infazível?
o que sempre destoa
o que não se harmoniza
o inconciliável?
o que pretendia
o que nunca disso passou?
o que nunca?
o que é isso?
Acaso já amou o proibido?
o proibido pra menores
aquilo feito com moderação.
Acaso já inutilmente amou
como amo
esse inútil instante
sem arrependimento?

Nenhum comentário: