No peito, em perigo
a faixa
Na estreita faixa
andamos
limiar de paixões
extremas
não se misturam
as cores
que não se separam
tais cores
mesmas cores
antagônicas
Tanta derrota
numa vitória
Nenhum sistema
de liquidação
terá solvência
convalescênça
após facada
no peito
no bucho
enrolada a faixa
em fezes
falácia fictícia
os extremos se apoiam
e se anulam
Nem a vinda segunda
de Yeats nos salvaria
selvageria esta,
está lançada
e sua arena além de real
é virtual
também viral
nata falida apodrecendo
do nosso lado
todos os lados
A faixa é mais uma gaze
suja de sangue
de quem o sangue?
qual sua cor?
sangue é vermelho
de toda cor
O que vier
de sua boca
de urna oca
já não importa
tudo rompido
é o resultado
mais aclamado
de nosso pleito.
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